domingo, novembro 09, 2008

Do futuro, não sei

Nunca tive atração pelo futuro. Ao contrário de muita gente, nunca ficava imaginando como seria o futuro quando assistia o desenho dos Jetsons, não fazia muitos planos enquanto criança para quando fosse adulta (e os poucos que eu fazia, foram furados) e nem gasto muito tempo pensando no que vai acontecer amanhã, apesar de sofrer por antecipação por determinadas coisas. Mas penso que até o fato de sofrer por antecipação é um jeito de não pensar muito no futuro: Como se eu sofresse agora por não saber se poderei sofrer amanhã.


Mas como ninguém é um todo, eu às vezes me pego pensando no que poderia ter sido. Não com arrepedimento, mas com a prerrogativa que todos têm de pensar num futuro, real ou que ´poderia ter sido. Aquela história do "se": Se eu tivesse agido de uma forma diferente, como as coisas seriam? Se eu tivesse realizado certo trabalho, qual resultado teria? Se eu tivesse falado algo diferente do que eu havia dito, será que as coisas mudariam?


Nunca chego à uma conclusão. Às vezes acho que as coisas têm um rumo certo, independentemente das nossas atitudes. Às vezes concordo que "o leve bater de asas da borboleta pode fazer um furacão do outro lado". As questões do tipo "se" são uma retórica. É pensar, pensar, pensar para chegar a lugar algum. O que não pode ser remediado, remediado está. Caso haja a possibilidade de agir diferentemente em uma situação semelhante, acho válido experimentar todas as possibilidades possíveis.


O "se" não é pensar no futuro. É pensar num pseudo-futuro. É pensar nos riscos, é pensar nas possibilidades. Ainda que tudo já estivesse (e esteja) traçado. Acho que o ser humano depende da certeza de que poderia mudar sua história, caso tivesse agido de forma diferente da que agira. Sentir-se dono de suas escolhas. Para ser pleno, só faltar-lhe-á sentir-se também responsável por elas. "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas".


Arriscar-se. É hipócrita dizer isso quando eu não tenho coragem de me jogar de cabeça em todas as possibilidades. Mas eu dou minha palavra que estou buscando arriscar-me mais, ter coragem de agir, de questionar, de assumir a responsabilidade pelas minhas escolhas. Ou pelo caminho que já está traçado. Sabe-se lá. São tantas as possibilidades...



"Na plenitude da felicidade, cada dia é uma vida inteira"


3 comentários:

Dexter Douglas disse...

"Não existe razão em viver .... se você não pode se sentir viva!" ;-)

Ellen Regina - facetasdemim disse...

Eu vivo intensamente, mas não posso deixar de pensar no futuro quando tenho um príncipezinho dormino o sono dos justo no quarto ao lado. O futuro dele depende do meu.

Marco Antonio Araujo disse...

Isso tudo me lembra Planejamento Estratégico. Como eu sou bom em Estratégia empresarial e ruim em planejamento pessoal...