quinta-feira, novembro 03, 2011

Tchau!

Esse blog se mudou.

O novo endereço é http://deleitealeite.wordpress.com

A gente se vê!

terça-feira, novembro 01, 2011

Livre para voar

Eu tenho uma calopsita chamada Sophia. Meu pai a encontrou toda machucada no jardim aqui do condomínio, trouxe aqui pra casa, minha mãe cuidou dela e ela está conosco desde então. É um bichinho meio traumatizado; talvez porque já tenha sido muito machucada (até hoje seu pescocinho não tem penas, marca do ataque que ela sofreu). Ao contrário das demais calopsitas, a Sophia é desconfiada, medrosa e nada amigável. Mas ela se acostumou com a gente, da mesma maneira que nos acostumamos a ela.

Dia desses, resolvemos deixar sua gaiola aberta para que ela desse uma volta pela casa. Abrimos a parte de cima da gaiola, a portinha da frente e a portinha lateral. E a bichinha, nada de sair da gaiola. Minha mãe chamava-a e ela nem aí. Minha mãe -que de "normal" não tem nem a intenção de ser- colocou comida do lado de fora da gaiola. E ela lá, no seu puleiro.

Eis que, quando já havíamos desistido, ela sai da gaiola pela porta da frente. Dá uns passinhos, admira a máquina de lavar e volta pra gaiola. Pois é. Eu tenho um pássaro que tem medo de ficar fora da gaiola.

Pensando melhor, quantos de nós também não ficamos receosos de sairmos de uma situação cômoda para enfrentarmos o mundo, principalmente depois de termos sido machucados? Não culpo a Sophia. Para quem sofreu, se machucou e carrega marcas, é difícil enfrentar novamente desafios com coragem e força. Às vezes, é mais fácil prosseguirmos com a comodidade de umavida tranquila e segura, ainda que não seja exatamente essa natureza, do que metermos a cara e tornamo-nos passíveis de ataques, de novos sofrimentos.

O mundo lá fora sempre vai nos surpreender. Por mais que achemos que já vimos de tudo, sempre há algo novo. Pra melhor ou pra pior. Acontece que se a gente não der a cara a tapa, vamos restringir nossos mundos à uma gaiola.

A gente precisa, sempre, reaprender a voar. Que as marcas dos machucados do passado sejam somente a lembrança de que existe força pra recomeçar. Afinal de contas, depois do primeiro ataque, a tendência é vir mais forte e muito mais preparado para os demais ataques. E aí, quem sabe, a gente não venha a descobrir que há muito mais entre a gaiola e a máquina de lavar do que imagina nossa vã filosofia...

Sou das tuas, Sophia!
o/\o

Só para constar: Eu vou passar a utilizar o endereço http://deleitealeite.wordpress.com para continuar postando no blog, ok?

domingo, maio 22, 2011

Eduque-se

O depoimento da professora Amanda Gurgel, em audiência pública no Rio Grande do Norte, causou verdadeiro frisson essa semana. Não somente por ser uma mulher, brasileira, nordestina, professora, bem articulada. Mas por expôr publiamente algo que nós (e eu me incluo, sim) fechamos os olhos dia após dia: O descaso do país com a eduação pública.


Eu sou uma cria de escolas particulares. Graças a Deus meus pais puderam me dar o conforto de estudar, desde pequena até a faculdade, em instituições particulares de ensino. A realidade que a Professora Amanda Gurgel jogou na nossa cara não é a minha realidade, mas é a realidade da maior parcela de brasileiros. E aí eu sinto que o problema também é meu.


Sinto que o problema é meu não porque eu seja meio Policarpo Quaresma, brasileira defensora ferrenha de todas as camadas da população. Não sou política em campanha, nunca participei de assembléias de sindicatos de trabalhadores e, para falar a verdade, fico bem irritada quando uma determinada classe de trabalhadores em greve resolve fazer passeata em plena Av. Rio Branco, congestionando o trânsito e me fazendo perder a hora de compromissos.


Mas o problema é seu, é meu, é de todo mundo. Você já teve a curiosidade de, ao invés de praguejar contra todos os sindicalistas do universo quando fica preso em congestionamento por conta de passeatas, tentar saber o motivo das reivindicações? Pois é. Se você, eu e o resto do pessoal tentasse saber isso, a gente não estaria surpreso com o discurso da Professora Amanda Gurgel. Ninguém se surpreenderia com o salário-base do professor do RN no patamar de R$ 930,00. Se você já está fazendo contas e descobrindo que não consegue viver com R$ 930,00, imagina só um professor do Rio de Janeiro, cujo salário-base está na casa dos R$ 760,00 (salvo engano)?


E sabe por que isso vem a ser um problema meu? Primeiro porque não sei como será meu futuro. Não tenho a estabilidade de um emprego público, portanto, vai que um dia eu tenha filhos e não tenha condições de dar a comodidade de um ensino particular a eles? Segundo, por que as pessoas que são diretamente influenciadas por este problemas estão ao seu redor: É a secretária do seu escritório, que falta trabalho para ficar na fila para matricular o filho numa escola pública. É o amiguinho do seu filho, aquele que estuda em escola pública e tem bem menos conhecimento que seu filho, estudante de escola particular. É aquela sua amiga, professora, que nunca tem condições de sair com você, às vezes porque não agüenta o tranco de trabalhar de 7:00 da manhã às 22:oo da noite, outras vezes porque não tem dinheiro.


Mas, além disso tudo, isso é um problema meu porque eu sou cidadã, tenho um título de eleitor que me confere o direito de escolher aqueles que irão me representar politicamente. Acontece que a maior parte da população esquece que o título de eleitor também confere um dever àquele que o possui: O dever de saber escolher aquele que o melhor representa. Não quele com melhores propostas (mais especifiamente, melhores promessas), mas sim aquele que, dentro das possibilidades, acena com um planejamento viável.


Não dá pra fazer milagre. O cara que promete mundos e fundos para se eleger, está obviamente mentindo. Ninguém chega tomando conta do pedaço, resolvendo problemas históricos com uma palavra mágica. Mas é preciso aprender a separar o joio do trigo e saber quem merece credibilidade.


Lamento muito por situações como a da professora Amanda Gurgel e tantos outros brasileiros, principalmente porque sei que a base para uma sociedade, seja ela qual for, é a educação. O que você seria sem seus professores? Provavelmente, sequer saberia ler o que estou escrevendo agora. Sem saber ler, você seria um excluído do mercado de trabalho. E sem trabalho, nesse universo capitalista, você seria mais um indigente nas ruas.


Toda e qualquer sociedade precisa entender que a educação é seu pilar. Para desenvolver a saúde, é preciso que médicos tenham estudado medicina. Para desevolver a segurança, é preciso especialistas que estudem a problemática na sociedade. Para desenvolver a ampliação do mercado de trabalho, é preciso fornecer estudos técnicos. Tudo, sem retrições, depende da educação. E, como disse a Professora Amanda Gurgel, nunca foi dada importância à educação nesse país.


Que o tapa na cara dado pela Professora Amanda Gurgel sirva de alguma coisa. Que todos lembrem desse discurso daqui a uma semana, que não entre para a história, que não seja apenas um discursinho com 15 minutos de fama no YouTube. Que possamos nos compadecer e tentar ajudar. E, por enquanto, a minha arma (e de outros tantos, que estão distantes da realidade da Professora Amanda, mas que querem ajudá-la, de alguma forma) é o voto. E eu, Christiane Leite, não vou jogá-lo fora.


E se eu puder convencer você que estamos fazendo tudo errado, votando nas pessoas erradas e que a gente precisa mudar isso, já é uma grande coisa.

=)

domingo, março 20, 2011

Objeto de estudo

[Baseado em fatos reais]

Uma mocinha, no samba. Sambando feito mulata Globeleza, apesar de ser branquela e não ter nem o umbigo do corpão da Globeleza. Cansa de sambar, vai até sua mesa, senta, coloca cerveja no seu copo e fica olhando o povo sambar.

Chega um rapaz ao lado dela. Não é lá muito bonito, mas tem um papo bacana. Entabula uma conversa com a mocinha e ela pensa "já que minhas amigas estão lá sambando e eu estou aqui sozinha, vou dar papo pro rapaz".

- Você faz o quê? - ele pergunta.
A mocinha pensa nas mil coisas que ela faz. Inclusive falar fluentemente a língua do P. Mas simplesmente responde:
- Sou advogada.
- Advogada? Legal. Sou psicólogo.
- Hum.
- Veio direto do trabalho?
- Sim. - responde a mocinha, já meio desconfiada. Não gosta de gente que repara tudo e sai tirando conclusões sobre ela.
- É, percebi, você chegou cheia de bolsas.
- Eu podia ser muambeira.
- Não, tinha pastas de arquivo dentro das bolsas.
- Hum. - ela realmente ODEIA quando reparam muito nela.
- E você gosta do que faz.
- Pelo jeito, você também. - ela queria dizer, com todas as letras, que ele estava enchendo o saco com aquela "análise delivery", mas está num processo de evitar ser grossa, então engoliu a resposta seca.
- Gosto muito. Percebi que você gosta pelo tom que você usou pra dizer que é advogada. Com orgulho.
- Que isso. Hoje em dia qualquer um é advogado. Não sabe o que fazer da vida, faz Direito. Até a nova piriguete-sucesso-do-carnaval faz Direito. A que ponto chegamos.
- Viu só como você tem orgulho? Você se incomoda por ter gente em um nível abaixo do seu fazendo Direito.
- Eu não disse isso.
- Nem precisa.

A mocinha se irrita:

- Você veio aqui só pra me analisar?
- Não "só" pra isso.
- Hum.
- Mas você tem orgulho de ser advogada.
- Tenho orgulho de ter estudado 5 anos, de ter conseguido passar na faculdade sem reprovação (mentira, a mocinha havia sido reprovada em Economia no primeiro período), ter passado na monografia e na prova da OAB, a prova mais cascuda, com nota máxima e de ter feito tudo isso sem ter estudado.
- Sem ter estudado?
- É.
- Você é daquelas que estão cansadas de ser "inteligentes" e agora querem ser conhecidas como a "gostosa".
- Oi?
- É. Aposto que você foi inteligente a vida toda, daquelas que aprontavam, mas que sempre foram as CDFs na escola, na faculdade... E agora cansaram de serem rotuladas como inteligentes, querem ser "as gostosas".
- Oi?
- Não é?
- Nem sabia que ainda existia gente que falava CDF.

Silêncio.

- Você é perfeccionista.
- Você não cansa, não?
- Você é perfeccionista e organizada.
- Você devia cobrar pelas suas análises, não fazê-las em pleno samba.
- Você colocou os copos da mesa em ordem.
- Hum.
- E marcou o seu com a etiqueta da garrafa de cerveja.
- Isso é normal, não quero sair bebendo no copo de ninguém.
- Perfeccionista, organizada e possessiva.
- E com traços psicóticos. Juro que se você não sair daqui e me deixar ir sambar, eu jogo toda cerveja do meu copo em você.
- Já estou saindo. Posso deixar meu cartão?
- Quer saber se garrafa voa? Vou tacar na sua cabeça.


E assim a mocinha voltou a sambar.

domingo, janeiro 02, 2011

Metas 2011

Cansei de fazer metas de ano novo e chegar ao fim daquele ano sem ter cumprido nenhuma. Eu tenho uma tendência a me empolgar com esse lance de "ano novo, vida nova" e fazer os planos mais irreais possíveis: "No ano que vem eu vou estudar para passar em um concurso, no ano que vem eu vou ser mais mocinha, no ano que vem eu vou beber menos". Tá, não dá.


Esse ano, resolvi trabalhar no "gerenciamento de projetos" para minhas metas de ano novo. Para isso, resolvi classificar as metas como sendo de curto, médio e longo prazo. A vantagem é que elas se tornam atemporais. ou seja, não têm data de vencimento em 31/12/2011. E o melhor: Como em 12/12/2012 o mundo vai acabar, eu não preciso me culpar se não cumprir todas elas. A culpa é do Big Boss (a.k.a. "Deus"), não minha.


- Metas a curto prazo -

1. Diminuir a quantidade de cigarros fumados. Primeira meta: Fazer com que um maço dure, pelo menos, 3 dias.

2. Falar menos palavrão. Menos do que já estou falando. Como diz meu irmão, eu preciso tomar vergonha na cara e ser mais menininha.

3. Estudar um pouco mais, porque esses 5 anos de formada já foram suficientes pra me convencer que não posso ser advogada pro resto da vida.

4. Não namorar até o Carnaval.

5. Emagrecer 5 kgs até fevereiro.

6. Deixar de ser tão assexuada quanto um protozoário



- Metas a médio prazo -

1. Fazer com que um maço de cigarro dure 1 semana.

2. Escrever mais poesia

3. Emagrecer 7 kgs até a Páscoa e engordar só 3 kgs após esta.

4. Não subir em palcos. Não cantar em microfones. Não sensualizar na pista de dança. Não fazer vergonha na night.

5. Arrumar um namorado até o dia dos namorados.

6. Terminar o namoro 1 semana após o dia dos namorados. E esquecer de comprar presente para o namorado.



- Metas a longo prazo -

1. Parar de fumar.

2. Aprender a usar saia e, principalmente, aprender a sentar de saia de perninhas fechadas.

3. Parar de beber todo dia.

4. Acostumar-me à belíssima arte de pensar antes de falar.

5. Casar com Eike Batista no regime de comunhão universal de bens.

6. Cumprir com todas as minhas promessas, porque eu tô longe de ser política em campanha.



É esperar pra ver!

Beijo e Joyeux 2011!
=*

terça-feira, dezembro 21, 2010

Poeteira

Esses olhos que me encontram
Sem sequer me procurar
São os mesmos que debocham
Da paixão que venho declarar.

Essa boca que me acaricia
Não lembra aquela que me diz 'não'.
Teu beijo é uma declaração vazia:
É somente desejo sem paixão.

Extasia-me com a mão junto à minha
Entrelaçando nossos dedos em nó.
Mas sempre a realidade se alinha
E lembra-me que aquela noite é só.

Essa realidade me entorpece
E faz-me optar por não mais sonhar,
Não mais esperar mais do que acontece:
Esquecer a mão, a boca e o olhar.

Se fosse fácil, eu o faria nesse momento.
E esqueceria tudo sem qualquer pesar,
Mas é a mão, a boca, o olhar sempre em alento,
É toda a utopia de se permitir apaixonar.

quarta-feira, novembro 17, 2010

Quatro dias

Desde que me entendo por gente, acho mais fácil escrever o que sinto do que falar. Em palavras escritas eu me exponho totalmente, eu transpareço, eu não tenho vergonha. Meus amigos mais chegados com certeza já perderam a conta de quantas cartinhas já escrevi para eles: Para dizer que amo, para pedir desculpas, para brigar, para agradecer... Enfim.


Há um tempo atrás, quando estava no colégio, tudo me inspirava poesia. Cheguei a escrever poesia sobre maçãs e tijolos. De um tempo pra cá, a responsabilidade (e talvez a idade) fez com que essa inspiração fosse mais superficial. Escrevo coisas mais direcionadas. Como se fossem rimas endereçadas, com nome, sobrenome e CEP.


Essa foi uma delas. Acho que escrevi faz uns dois meses. O "relacionamento" acabou, a poesia ficou e agora, divido com vocês. Enjoy.



"Quatro dias se passaram
E eu não te esqueci,
Quatro dias me passaram
Sem cumprir o que prometi;

Quatro dias de ausência
Para tentar ignorar a saudade,
Quatro dias de incongruência
Entre o moral e a vontade;

Quatro dias para esquecer paradoxos
Que me levaram a nenhum lugar,
Quatro dias de métodos ortodoxos
Para resistir à tentação de te procurar;

Quatro dias e a conclusão, afinal,
De que, apesar dos esforços, nada mudou,
Quatro dias e a paixão, letal,
Lacerando-me como lembrança do que não vingou."




É isso, amiguinhos!
Um beijo e um queijo. =*

segunda-feira, novembro 15, 2010

O país do futuro

Já tem um tempo estu querendo escrever esse post. Mas preferi deixar a época de eleições passar, para não parecer tendenciosa. Agora que as notícias eleitorais estão perdendo páginas em jornais, agora que até a polêmica do Tiririca foi resolvida e o "abestado" vai -contra todas as indicações- entrar para a Câmara dos Deputados, resolvi vir aqui e escrevê-lo.


O texto, ao contrário dos demais daqui do blog, é sério. Pode não agradar à galera que vem aqui, mas sabe quando uma determinada opinião fica presa, pedindo para ser exposta? Pois é. Ela está aqui faz um tempão e eu precisava MUITO libertá-la, sob pena de auto-censura.


Primeiro ponto: Eu acho que o povo brasileiro não sabe votar. Mas não é exclusivamente culpa da população. Digo "exclusivamente" porque, afinal de contas, temos uma parcela ignorante que perfere permanecer alheia à evidências. A população nunca foi dada à leitura, à análise crítica de teorias. Basta ver que os ditos "comunistas" de 1964 sequer haviam lido "O Capital". Aí os caras dizem-se seguidors de Marx e Marcuse sem tê-los efetivamente lido. Ou seja, parte da ignorância está presente na inércia da própria população.


Mas não é somente culpa do povo, não. O Brasil tem um histórico muito parco de eleições diretas. Vejam bem, a ditadura teve fim em 1985 e, ainda assim, Tancredo Neves não foi eleito por via direta. Não foi o cara escolhido pelos cidadãos. Whatever. Na primeira oportunidade que a população teve, de fato, oportunidade de mostrar seu "entendimento político" e eleger um cara para governar um país inteiro, elegeram o Collor (digo "elegeram" porque eu, aos 7 anos de idade, não fiz parte dessa massa ignorante). No primeiro dia do seu mandato, o cara congela as poupanças. O final, todo mundo sabe.


O que quero deixar bem claro é que não existe uma "educação política" para os brasileiros. Brasil não é Estados Unidos, que, desde sempre, tem uma democracia. Brasil enfrentou anos e anos de ditadura. Só temos eleições diretas há 20 anos. Isso é muito pouco para uma população de país continental aprender a votar.


Segundo ponto: Não temos uma tradição política forte. A esquerda de ontem é a política da situação de hoje. A direita de ontem é a oposição de hoje. Esquerda e direita se confundem em coalizões que, ao menos para mim, não têm explicação. Não temos uma divergência nítida, como entre Republicanos e Democratas americanos. Aqui é "todo mundo junto e misturado". É um tal de abrir mão de ideologias próprias para benefício próprio, para aumentar as chances de, enfim, entrar para o Governo... Assim é nossa democracia. É ela que nos faz eleger o "menos pior".


Terceiro ponto (e agora eu me meto na situação política atual, sob pena de linchamento): Eu acredito que estamos vivendo um golpe de Estado velado. Tá bom, vocês podem achar exagero. Eu não me importo. Mas coloco minhas razões (e na verdade, não ligo para discordâncias, a porcaria da teoria é minha).


Existe uma coisa fundamental para a democracia: A existência de uma oposição forte. Uma vez que os maiores partidos tornam-se os partidos da situação, a oposição enfraquece. Sem oposição, ficamos sem reformas políticas, afinal, a pressão sempre vem de fora, nunca de dentro.


Um governo que se coloca no poder por 12 anos acaba enfraquecendo a oposição e fazendo aliados inimagináveis. As reformas que acontecem acabam acontecendo de um jeito conveniente ao Governo e não à população.


Aí você vem e me diz: "Besteira sua, você está partindo da premissa de que a população é suficientemente cega para não enxergar essa manobra". Só digo uma coisa: Quando rolou o AI-5, em 1968, aqueeeele que cassou todos (T-O-D-O-S) os direitos políticos dos cidadãos, foi feita uma pesquisa pelo Dieese com a camada operária (tradicionalmente, a camada que incitava a revolução) e 35% dos operários achavam que a ditadura, naqueles moldes, plena e absoluta, em que ninguém mais tinha direitos políticos, era a chava para o desenvolvimento. Por isso que a "nossa" revolução foi mais estudantil do que operária: Por conta de um "milare econômico" que beneficiava uma só classe, até a classe operária via que o Brasil crscia economicamente. E repaldava esse crescimento na ditadura (e Delfim Neto). Absurdo dos absurdos.


Não podemos deixar, jamais, que a oposição enfraqueça e que todos os benefícios à população sejam criados nos moldes que sejam mais convenientes àqueles que estão no poder. Não podemos deixar de lembrar que o pior cego é aquele que não quer enxergar. Ou que só enxerga aquilo que está a um palmo de seus olhos, não fazendo uma análise crítica do que está ao redor.


Recado dado. E se você leu até aqui, concordando ou não, obrigada: Eu precisava de atenção.

=)

domingo, novembro 07, 2010

Com o tempo a gente aprende que - Parte I

1) Não devemos guardar rancor, mas também não devemos esquecer daquela pessoa que, quando poderia ter te ajudado, não o fez.


2) Não podemos perder aquilo que nunca tivemos, mas isso não significa que não sintamos saudade.


3) Os críticos vão atacar nossos defeitos, os amigos vão elogiar nossas qualidades, mas só um grande amigo vai saber trabalhar nossas maiores qualidades e ajudar a mudar nossos maiores defeitos.


4) Inevitavelmente, quando temos a possibilidade de escolher entre 2 opções, alguém vai sair machucado. É o caos necessário.


5) Existem erros que (infelizmente) temos o prazer de repetir.


6) Para alguns, falar é fácil, agir é possivel, mas difícil mesmo é assumir as suas atitudes.


7) Ter uma mente pensante e ser diferente dos padrões pré-estabelecidos é ser rotulado como maluco, irresponsável e outros adjetivos nada agradáveis.


8) Aqueles que mais discursam sobre "liberdade de ser" são aqueles que menos têm uma identidade própria a assumir.


9) Bunda não faz falta hoje, mas cérebro fará falta amanhã.


10) Insistir demais em uma verdade faz com que a mesma pareça mentira.


Fica a dica.


=)

Campeonato Brasileiro 2010

Não que meu time esteja bem na coisa. Na verdade, está pior do que eu poderia imaginar. Mas uma coisa é certa e eu preciso deixar registrado aqui: Fluminense só é líder porque um dia já existiu a Copa João Havelange.

A defesa encerra, Meritíssimo.



=*