Não. Esse título não é para mim. Eu estou mega-feliz. Mas às vezes sinto-me rodeada de pessoas infelizes. E olha que nem estou falando daquele sujeito que quer te queimar no seu trabalho, nem daquela pessoa que só ocupa o tempo falando balelinha no ouvido alheio, nem daquela criatura insuportável que, por algum motivo, tem que receber sempre um sorriso amarelo cordial. Refiro-me aos infelizes anônimos.
Um exemplo bom é o do post anterior. Quem foi Murphy? Só se sabe que foi um infeliz pessimista que caiu na boca do povo. Entre ficar calada e ser lembrada pelos meus comentários pessimistas acerca do universo (que nem aquela hiena do desenho, a Hardy), eu preferia manter-me calada.
Outro exemplo (e esse é o protagonista desse post) é o infeliz membro do Poder Judiciário que inventou uma coisa chamada pautão.
Um exemplo bom é o do post anterior. Quem foi Murphy? Só se sabe que foi um infeliz pessimista que caiu na boca do povo. Entre ficar calada e ser lembrada pelos meus comentários pessimistas acerca do universo (que nem aquela hiena do desenho, a Hardy), eu preferia manter-me calada.
Outro exemplo (e esse é o protagonista desse post) é o infeliz membro do Poder Judiciário que inventou uma coisa chamada pautão.
Para quem não sabe, pautão de audiências é quando um juiz resolve reunir uma
quantidade absurda de ações contra uma mesma empresa e passar o dia todinho
fazendo audiências dessa empresa. Geralmente reunem uma média de 50 a 70
audiências em um só dia, com uma só empresa.
Como vocês já sabem, eu advogo para a Empresa com maior número de ações ajuizadas nos Juizados Especiais Cíveis do Rio de Janeiro (talvez do Brasil). Ou seja, a pauta normal de audiências diárias já é punk. Quando tem pautão, é coisa pra sentar e chorar, afinal, além das audiências "normais" de um dia "normal" dessa empresa, temos a graça de ter mais 60 em um só local. Não é glorioso?
Pois é. O lance é que eu sou a Miss Pautão. Tem pautão, eu estou lá. Na última sexta-feira eu resolvi pesar a mala que levo com as pastas das ações do pautão: 20 Kgs. Não bastasse carregar esse peso, ainda fico revezando entre uma audiência e outra, me virando pra dar conta de todas até, sendo otimista, umas 18:30 hrs. Direto. Almoçar? Você deve estar brincando. Ficar cansada? Quem dera poder me dar a esses luxos.
Aí fico eu cá pensando com meus botões: Isso é moda hoje em dia, a maioria dos Juizados adora um pautão. De fato, o livro "O Menino do Dedo Verde" tem uma frase que diz "a gente se acostuma a tudo, até às coisas mais estranhas". É verdade. Hoje em dia eu até consigo curtir um dia de pautão. Tudo bem. Mas fico imaginando quem foi o infeliz desocupado que inventou esse negócio. O cara ele tem que ter muito saco, tem que ter muito tempo disponível e tem que ganhar muito bem para ter coragem de inventar uma coisa dessas.
Esse é um infeliz anônimo. E é melhor que continue, porque Deus sabe do que sou capaz se um dia descobrir quem é esse infeliz.
Um comentário:
Ah,não entendi muito bem o post. Mas tudo bem.
Achei interessante o post sobre a Lei de Murphy. Incrivel como isso funciona (pelo menos comigo!) hehehe
Beijos
http://cogumelosverdes.blogspot.com
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