Nunca fui uma pessoa muito dada a "sentimentalismos". Veja bem, não é que eu não tenha sentimentos e nem que eu seja uma pedra, impassível à qualquer manifestação daqueles ao meu redor. Não é isso. Eu simplesmente não sei muito bem trabalhar com sentimentos alheios.
A pessoa brigou com o melhor amigo. Terminou um relacionamento. Passa por um período de doença de um ente querido. Perdeu o emprego. Não passou numa prova importante. Apaixonou-se sem reciprocidade. Está passando por uma fase difícil. Coisas normais, pelas quais eu já passei e metade do mundo também já passou.
Não é que eu adote o lema do “cada um com seus problemas”. Eu só não tenho muita paciência para ouvir e quase nenhum tato para opinar. Perdeu o emprego? Procura outro. Não passou numa prova importante? Tenta de novo. Apaixonou-se sem reciprocidade? Abstrai. A solução é sempre simples e está bem na nossa cara. Acontece que “simples” não quer dizer que seja “fácil” e nem tudo que é muito óbvio é, também, muito fácil de ser adotado. É, nem sempre é so easy se viver.
Acontece que as pessoas esperam muito de mim. Por eu ser amiga, esperam que eu sofra o mesmo sofrimento. E é isso que eu não sei fazer. Não sei o que fazer ao ver alguém chorando. Prefiro me abster. E aí, pode parecer que sou uma pessoa mega insensível –o que, frise-se, não sou.
Eu não sei dizer que “vai ficar tudo bem” sem ter plena ciência de que, de fato, vai ficar tudo bem. A vida é assim, uns dias nós perdemos, outros dias nós ganhamos. E vida que segue. Não há mal que dure para sempre e nem bem que nunca se acabe.
Quanto aos posts anteriores, se é para felicidade geral da nação (e para dar um ponto final no assunto), diga ao povo que declaro-me encalhada confessa. Fim de papo.
=)
sexta-feira, setembro 24, 2010
sexta-feira, setembro 17, 2010
O liame entre estar solteira e ser solteira
Diante de tantos comentários via Twitter, msn e afins, é necessário fazer alguns esclarecimentos acerca das minhas palavras.
O texto anterior não foi inspirado em mim. Foi inspirado na Ana, uma advogada linda, loira, divertida, inteligente. E, como ela mesmo se rotula, encalhada (e antes que falem qualquer coisa, eu não estou "explanando" a Ana, escrevo sobre ela com o aval dela, ok?).
Contudo, como bem disse Danielle (uma outra amiga linda, morena, interessante e solteira) em seu comentário, existe uma grande diferença entre "ser encalhada" e "ser seletiva".
De fato, existe uma certa tendência a visualizar mulheres solteiras como "aquelas que ninguém quer namorar". Isso é uma baita injustiça. Veja bem: Como é possível alguém rotular Danielles e Anas como "encalhadas"?
Existe uma linha tênue entre "ser" solteira e "estar" solteira, não que tal status seja depreciativo. Você "é" solteira por opção (ou não), mas você somente "está" solteira por falta de opção. E isso faz toda a diferença.
O que não se deve fazer, em nenhuma hipótese, é generalizar, afirmando que homens seguem tais regras somente quando a mulher vale a pena. A unanimidade é burra: Quando a gente generaliza um certo comportamento, a gente deixa de vislumbrar todas as nuances, todas as possibilidades daquele comportamento. Afinal de contas, pode ser que o príncipe da Ana finja, em ocasiões sociais, que nada está acontecendo entre ambos. Ou que o principe da Dani possa mentir de vez em quando, pra manter a relação. Vai saber. A única coisa que tenho certeza é que meu príncipe não usa pochete. Definitivamente.
No caso do post anterior, a Ana estava gostando de um rapaz, porém esse rapaz não gostava dela com a mesma intensidade. Ela queria um relacionamento sério, ele não. Entre tantos caras que estariam dispostos a encarar um relacionamento a sério com ela, ela foi gostar logo daquele que não quer. O que não faz dela uma encalhada, obviamente.
Mulheres lindas, inteligentes, independentes e encalhadas, uni-vos. "Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás!".
=)
O texto anterior não foi inspirado em mim. Foi inspirado na Ana, uma advogada linda, loira, divertida, inteligente. E, como ela mesmo se rotula, encalhada (e antes que falem qualquer coisa, eu não estou "explanando" a Ana, escrevo sobre ela com o aval dela, ok?).
Contudo, como bem disse Danielle (uma outra amiga linda, morena, interessante e solteira) em seu comentário, existe uma grande diferença entre "ser encalhada" e "ser seletiva".
De fato, existe uma certa tendência a visualizar mulheres solteiras como "aquelas que ninguém quer namorar". Isso é uma baita injustiça. Veja bem: Como é possível alguém rotular Danielles e Anas como "encalhadas"?
Existe uma linha tênue entre "ser" solteira e "estar" solteira, não que tal status seja depreciativo. Você "é" solteira por opção (ou não), mas você somente "está" solteira por falta de opção. E isso faz toda a diferença.
O que não se deve fazer, em nenhuma hipótese, é generalizar, afirmando que homens seguem tais regras somente quando a mulher vale a pena. A unanimidade é burra: Quando a gente generaliza um certo comportamento, a gente deixa de vislumbrar todas as nuances, todas as possibilidades daquele comportamento. Afinal de contas, pode ser que o príncipe da Ana finja, em ocasiões sociais, que nada está acontecendo entre ambos. Ou que o principe da Dani possa mentir de vez em quando, pra manter a relação. Vai saber. A única coisa que tenho certeza é que meu príncipe não usa pochete. Definitivamente.
No caso do post anterior, a Ana estava gostando de um rapaz, porém esse rapaz não gostava dela com a mesma intensidade. Ela queria um relacionamento sério, ele não. Entre tantos caras que estariam dispostos a encarar um relacionamento a sério com ela, ela foi gostar logo daquele que não quer. O que não faz dela uma encalhada, obviamente.
Mulheres lindas, inteligentes, independentes e encalhadas, uni-vos. "Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás!".
=)
terça-feira, setembro 14, 2010
Os 10 mandamentos do "dia seguinte"
"Acho que existe uma gama de homens que se faz de idiota pra sobreviver". Essa foi a frase que mandei -e que foi altamente aplaudida- num papo com outras mulheres, advogadas, aguardando audiências nos corredores do Fórum. Mulheres lindas, inteligentes, bem-sucedidas... e solteiras! Algumas solteiras por opção, outras solteiras por "falta de" opção.
Por quê essas mulheres estão solteiras, sozinhas? Simplesmente porque não encontraram ainda "o" cara. Cada um tem seu molde, cada uma tem sua visualização de príncipe encantado. Só que essas mulheres estão cansadas de dar com os burros n'água. Resumindo: Cansadas de beijar vários sapos esperando que eles virem príncipes.
Foi pensando nisso que esses mandamentos foram elaborados. São regras básicas, tão básicas que nem deveriam ser mandamentos, mas que andam em total desuso. Lembrando que a ordem dos fatores não altera o produto, ou seja, nenhum mandamento é mais importante que o outro: Todas são fatais.
E tenho dito.
=)
Por quê essas mulheres estão solteiras, sozinhas? Simplesmente porque não encontraram ainda "o" cara. Cada um tem seu molde, cada uma tem sua visualização de príncipe encantado. Só que essas mulheres estão cansadas de dar com os burros n'água. Resumindo: Cansadas de beijar vários sapos esperando que eles virem príncipes.
Foi pensando nisso que esses mandamentos foram elaborados. São regras básicas, tão básicas que nem deveriam ser mandamentos, mas que andam em total desuso. Lembrando que a ordem dos fatores não altera o produto, ou seja, nenhum mandamento é mais importante que o outro: Todas são fatais.
1- Não tratarás a mulher que está contigo como "mais uma".
2- Não compararás a mulher que está contigo com outras.
3- Não broxarás.
4- Não cantarás as amigas da mulher que está contigo.
5- Não telefonarás com o exclusivo intuito de sexo casual, pois a mulher que está contigo não cobra por hora.
6- Não mentirás.
7- Não usarás pochete.
8- Não terás comportamento social como se nada estivesse acontecendo entre tu e a mulher que está contigo.
9- Não deixarás que a situação fique confusa: Amor é amor, romance é romance, traição é traição e um lance é um lance.
10- Não sumirás no dia seguinte -sob nenhuma hipótese.
E tenho dito.
=)
domingo, setembro 05, 2010
Carta nº 4
Amiga,
Cá estou eu, novamente, respondendo uma de suas cartas. Não sou a pessoa mais indicada para dar conselhos, mesmo porque se conselhos fossem bons, eu faria leilão dos meus. Mas experiência eu tenho de sobra. Então, leia essa carta não como um conselho, mas como se estivesse falando com a "voz da experiência".
Então você conheceu um cara e, desde o início, sabia no que ia dar. Era atração, era um "je ne sais quoi" puramente físico. Você tinha consciência disso e, conscientemente, resolveu que era adulta suficiente para saber separar as coisas e lidar com esse tipo de relacionamento como só os adultos desprendidos fazem.
Acontece que até os adultos erram. E pior: Erram no julgamento de si mesmos. Às vezes os adultos pensam que podem voar, às vezes os adultos pensam que são super heróis e às vezes os adultos se acham adultos demais, sendo que, na maioria das vezes, ainda quem um quê de adolescente.
E é esse quê de adolescente que te fez se apaixonar por quem não devia. Quis transformar em personagem principal alguém que, desde o início, estava fadado (e determinado) a ser figurante. Pode ter sido a atenção despendida, pode ter sido sua carência, pode ter sido mil coisas, não importa. O fato é que, casos tais, as coisas acontecem involuntariamente. Se você pudesse, tenho certeza que jamais escolheria se apaixonar logo por ele. Entre tantos outros caras que você poderia se apaixonar -com sucesso, frise-se- precisava ser logo por ele?
Coração burro! Não dá para evitar, quando você percebe, já foi surpreendida com um sentimento que você nem entende, que vem de um lugar que você não sabe e que surge não sabe porquê.
Se serve de consolo, isso tudo não acontece exclusivamente com você. A maior parte do mundo já se apaixonou e não foi correspondido. É da natureza do ser humano querer atingir o topo do Everest sem ter habilidade para tanto.
Amiga, não se iluda. Se o Titanic está fadado a afundar, por quê continuar ali? Pula, sai dessa, cai fora. Mete o pé enquanto é tempo. É capaz de você se jogar numa água congelante, de você sentir dores pelo corpo, é capaz até de você se afogar. Mas não seja passiva. Não espere se afogar, pense em você. Pense que, fora do navio afundando, você vai ter uma chance maior de se salvar. Além do mais, vai que você pula fora e encontra alguém com um bote salva-vidas te esperando? ;)
É isso, amiga. Você sabia que não ia dar em nada, você julgou ser adulta e encarar um relacionamento assim, você se enganou quanto a si mesma, você se apaixonou. É difícil sair agora, mas é necessário. Abstrai o emocional e seja racional: É melhor sair agora do que quando você estiver amando loucamente.
Não é porque seu coração é burro e se apaixonou que você não é adulta. Você vai mostrar que é adulta quando mostrar ao mundo que sabe ABSTRAIR. Vai doer um pouquinho, como qualquer paixão platônica. Mas você já passou por isso quando adolescente e sabe que "isso também vai passar".
Vou esperar você me escrever, em breve, contando o desfecho disso tudo. Porque a história do Titanic eu já sei de cor. =)
Sua amiga,
Chris
Cá estou eu, novamente, respondendo uma de suas cartas. Não sou a pessoa mais indicada para dar conselhos, mesmo porque se conselhos fossem bons, eu faria leilão dos meus. Mas experiência eu tenho de sobra. Então, leia essa carta não como um conselho, mas como se estivesse falando com a "voz da experiência".
Então você conheceu um cara e, desde o início, sabia no que ia dar. Era atração, era um "je ne sais quoi" puramente físico. Você tinha consciência disso e, conscientemente, resolveu que era adulta suficiente para saber separar as coisas e lidar com esse tipo de relacionamento como só os adultos desprendidos fazem.
Acontece que até os adultos erram. E pior: Erram no julgamento de si mesmos. Às vezes os adultos pensam que podem voar, às vezes os adultos pensam que são super heróis e às vezes os adultos se acham adultos demais, sendo que, na maioria das vezes, ainda quem um quê de adolescente.
E é esse quê de adolescente que te fez se apaixonar por quem não devia. Quis transformar em personagem principal alguém que, desde o início, estava fadado (e determinado) a ser figurante. Pode ter sido a atenção despendida, pode ter sido sua carência, pode ter sido mil coisas, não importa. O fato é que, casos tais, as coisas acontecem involuntariamente. Se você pudesse, tenho certeza que jamais escolheria se apaixonar logo por ele. Entre tantos outros caras que você poderia se apaixonar -com sucesso, frise-se- precisava ser logo por ele?
Coração burro! Não dá para evitar, quando você percebe, já foi surpreendida com um sentimento que você nem entende, que vem de um lugar que você não sabe e que surge não sabe porquê.
Se serve de consolo, isso tudo não acontece exclusivamente com você. A maior parte do mundo já se apaixonou e não foi correspondido. É da natureza do ser humano querer atingir o topo do Everest sem ter habilidade para tanto.
Amiga, não se iluda. Se o Titanic está fadado a afundar, por quê continuar ali? Pula, sai dessa, cai fora. Mete o pé enquanto é tempo. É capaz de você se jogar numa água congelante, de você sentir dores pelo corpo, é capaz até de você se afogar. Mas não seja passiva. Não espere se afogar, pense em você. Pense que, fora do navio afundando, você vai ter uma chance maior de se salvar. Além do mais, vai que você pula fora e encontra alguém com um bote salva-vidas te esperando? ;)
É isso, amiga. Você sabia que não ia dar em nada, você julgou ser adulta e encarar um relacionamento assim, você se enganou quanto a si mesma, você se apaixonou. É difícil sair agora, mas é necessário. Abstrai o emocional e seja racional: É melhor sair agora do que quando você estiver amando loucamente.
Não é porque seu coração é burro e se apaixonou que você não é adulta. Você vai mostrar que é adulta quando mostrar ao mundo que sabe ABSTRAIR. Vai doer um pouquinho, como qualquer paixão platônica. Mas você já passou por isso quando adolescente e sabe que "isso também vai passar".
Vou esperar você me escrever, em breve, contando o desfecho disso tudo. Porque a história do Titanic eu já sei de cor. =)
Sua amiga,
Chris
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