Assim que li a primeira frase do poema, pensei "Ih, eu já li esse poema. Acho que é do Drummond". E continuei a ler.
Na segunda estrofe, eu me dei conta: Aquele poema era meu, eu havia escrito quando tinha uns 18 anos e inclusive tenho ainda o manuscrito dele! Seria até legal ter o reconhecimento de ter um poema meu divulgado na internet. Muitos deles já foram publicados em jornais, revistas... Adoraria tê-lo divulgado. Mas (e a vida está cheia de conjunções adversativas), nem tudo é tão legal.
Quando cheguei ao fim do poema, este estava creditado a um certo "Autor desconhecido". Eu. A autora desconhecida.
Senti-me assaltada. Senti como se tivessem tirado de mim um bem meu, só meu, sem questionar, sem pedir, na maior invasão possível. Minha vontade foi de chorar. O poema era meu. Não era nem um dos meus prediletos, mas era meu. Agora deixou de sê-lo: Agora ele é do mundo.
Enfim, poema meu creditado a um "autor desconhecido". Parece besteira, mas não é. Não que eu queira ser conhecida. Mas ser tão amplamente desconhecida é, no mínimo, desconcertante.
P.S.: Pretensão absuuuuurda pensar que o tal poema seria de Drummond, não? Tsc... =P
5 comentários:
Quando recebo um poema por email, penso logo em Drumond. Creio que a maioria pensa nele também.
Cris,uma pergunta que pode não ter nada haver.
Kd o poema?
É curioso isso. Quando eu tinha uns 18 anos, criei uma frase que acabou virando pixação de muros em, SP. Eu nunca descobri quem a copiou e provavelmente quem copiou nunca soube quem escreveu. Mas eu gostei da frase ter ganho pernas e saído sozinha pelo mundo.
Que foda,esse é um dos maiores problemas da net,dar créditos aos verdadeiros autores.
Já cansei de ver de posts do meu blog copiado mundo a fora,sem ao menos dar os creditos,a fonte,mas nem ligo,continuo fazendo meu trabalho.
você poderia ter pelo menos ter publicado aqui seu poema,pra gente ver.
abraço;
Primeira vez que conheço alguém que teve seu poema clonado na web.
Agora só falta conhecer alguém que foi entrevistado pelo Ibope :o
E repito as perguntas dos amigos acima: e o poema?
Ah entendo perfeitamente... E como entendo. Qualquer dia recebo um e-mail parecido, o primeiro já foi plagiado em um blog de quinta por aí.
É um assalto, com certeza.
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