Desde que me entendo por gente, acho mais fácil escrever o que sinto do que falar. Em palavras escritas eu me exponho totalmente, eu transpareço, eu não tenho vergonha. Meus amigos mais chegados com certeza já perderam a conta de quantas cartinhas já escrevi para eles: Para dizer que amo, para pedir desculpas, para brigar, para agradecer... Enfim.
Há um tempo atrás, quando estava no colégio, tudo me inspirava poesia. Cheguei a escrever poesia sobre maçãs e tijolos. De um tempo pra cá, a responsabilidade (e talvez a idade) fez com que essa inspiração fosse mais superficial. Escrevo coisas mais direcionadas. Como se fossem rimas endereçadas, com nome, sobrenome e CEP.
Essa foi uma delas. Acho que escrevi faz uns dois meses. O "relacionamento" acabou, a poesia ficou e agora, divido com vocês. Enjoy.
"Quatro dias se passaram
E eu não te esqueci,
Quatro dias me passaram
Sem cumprir o que prometi;
Quatro dias de ausência
Para tentar ignorar a saudade,
Quatro dias de incongruência
Entre o moral e a vontade;
Quatro dias para esquecer paradoxos
Que me levaram a nenhum lugar,
Quatro dias de métodos ortodoxos
Para resistir à tentação de te procurar;
Quatro dias e a conclusão, afinal,
De que, apesar dos esforços, nada mudou,
Quatro dias e a paixão, letal,
Lacerando-me como lembrança do que não vingou."
É isso, amiguinhos!
Um beijo e um queijo. =*
quarta-feira, novembro 17, 2010
segunda-feira, novembro 15, 2010
O país do futuro
Já tem um tempo estu querendo escrever esse post. Mas preferi deixar a época de eleições passar, para não parecer tendenciosa. Agora que as notícias eleitorais estão perdendo páginas em jornais, agora que até a polêmica do Tiririca foi resolvida e o "abestado" vai -contra todas as indicações- entrar para a Câmara dos Deputados, resolvi vir aqui e escrevê-lo.
O texto, ao contrário dos demais daqui do blog, é sério. Pode não agradar à galera que vem aqui, mas sabe quando uma determinada opinião fica presa, pedindo para ser exposta? Pois é. Ela está aqui faz um tempão e eu precisava MUITO libertá-la, sob pena de auto-censura.
Primeiro ponto: Eu acho que o povo brasileiro não sabe votar. Mas não é exclusivamente culpa da população. Digo "exclusivamente" porque, afinal de contas, temos uma parcela ignorante que perfere permanecer alheia à evidências. A população nunca foi dada à leitura, à análise crítica de teorias. Basta ver que os ditos "comunistas" de 1964 sequer haviam lido "O Capital". Aí os caras dizem-se seguidors de Marx e Marcuse sem tê-los efetivamente lido. Ou seja, parte da ignorância está presente na inércia da própria população.
Mas não é somente culpa do povo, não. O Brasil tem um histórico muito parco de eleições diretas. Vejam bem, a ditadura teve fim em 1985 e, ainda assim, Tancredo Neves não foi eleito por via direta. Não foi o cara escolhido pelos cidadãos. Whatever. Na primeira oportunidade que a população teve, de fato, oportunidade de mostrar seu "entendimento político" e eleger um cara para governar um país inteiro, elegeram o Collor (digo "elegeram" porque eu, aos 7 anos de idade, não fiz parte dessa massa ignorante). No primeiro dia do seu mandato, o cara congela as poupanças. O final, todo mundo sabe.
O que quero deixar bem claro é que não existe uma "educação política" para os brasileiros. Brasil não é Estados Unidos, que, desde sempre, tem uma democracia. Brasil enfrentou anos e anos de ditadura. Só temos eleições diretas há 20 anos. Isso é muito pouco para uma população de país continental aprender a votar.
Segundo ponto: Não temos uma tradição política forte. A esquerda de ontem é a política da situação de hoje. A direita de ontem é a oposição de hoje. Esquerda e direita se confundem em coalizões que, ao menos para mim, não têm explicação. Não temos uma divergência nítida, como entre Republicanos e Democratas americanos. Aqui é "todo mundo junto e misturado". É um tal de abrir mão de ideologias próprias para benefício próprio, para aumentar as chances de, enfim, entrar para o Governo... Assim é nossa democracia. É ela que nos faz eleger o "menos pior".
Terceiro ponto (e agora eu me meto na situação política atual, sob pena de linchamento): Eu acredito que estamos vivendo um golpe de Estado velado. Tá bom, vocês podem achar exagero. Eu não me importo. Mas coloco minhas razões (e na verdade, não ligo para discordâncias, a porcaria da teoria é minha).
Existe uma coisa fundamental para a democracia: A existência de uma oposição forte. Uma vez que os maiores partidos tornam-se os partidos da situação, a oposição enfraquece. Sem oposição, ficamos sem reformas políticas, afinal, a pressão sempre vem de fora, nunca de dentro.
Um governo que se coloca no poder por 12 anos acaba enfraquecendo a oposição e fazendo aliados inimagináveis. As reformas que acontecem acabam acontecendo de um jeito conveniente ao Governo e não à população.
Aí você vem e me diz: "Besteira sua, você está partindo da premissa de que a população é suficientemente cega para não enxergar essa manobra". Só digo uma coisa: Quando rolou o AI-5, em 1968, aqueeeele que cassou todos (T-O-D-O-S) os direitos políticos dos cidadãos, foi feita uma pesquisa pelo Dieese com a camada operária (tradicionalmente, a camada que incitava a revolução) e 35% dos operários achavam que a ditadura, naqueles moldes, plena e absoluta, em que ninguém mais tinha direitos políticos, era a chava para o desenvolvimento. Por isso que a "nossa" revolução foi mais estudantil do que operária: Por conta de um "milare econômico" que beneficiava uma só classe, até a classe operária via que o Brasil crscia economicamente. E repaldava esse crescimento na ditadura (e Delfim Neto). Absurdo dos absurdos.
Não podemos deixar, jamais, que a oposição enfraqueça e que todos os benefícios à população sejam criados nos moldes que sejam mais convenientes àqueles que estão no poder. Não podemos deixar de lembrar que o pior cego é aquele que não quer enxergar. Ou que só enxerga aquilo que está a um palmo de seus olhos, não fazendo uma análise crítica do que está ao redor.
Recado dado. E se você leu até aqui, concordando ou não, obrigada: Eu precisava de atenção.
=)
O texto, ao contrário dos demais daqui do blog, é sério. Pode não agradar à galera que vem aqui, mas sabe quando uma determinada opinião fica presa, pedindo para ser exposta? Pois é. Ela está aqui faz um tempão e eu precisava MUITO libertá-la, sob pena de auto-censura.
Primeiro ponto: Eu acho que o povo brasileiro não sabe votar. Mas não é exclusivamente culpa da população. Digo "exclusivamente" porque, afinal de contas, temos uma parcela ignorante que perfere permanecer alheia à evidências. A população nunca foi dada à leitura, à análise crítica de teorias. Basta ver que os ditos "comunistas" de 1964 sequer haviam lido "O Capital". Aí os caras dizem-se seguidors de Marx e Marcuse sem tê-los efetivamente lido. Ou seja, parte da ignorância está presente na inércia da própria população.
Mas não é somente culpa do povo, não. O Brasil tem um histórico muito parco de eleições diretas. Vejam bem, a ditadura teve fim em 1985 e, ainda assim, Tancredo Neves não foi eleito por via direta. Não foi o cara escolhido pelos cidadãos. Whatever. Na primeira oportunidade que a população teve, de fato, oportunidade de mostrar seu "entendimento político" e eleger um cara para governar um país inteiro, elegeram o Collor (digo "elegeram" porque eu, aos 7 anos de idade, não fiz parte dessa massa ignorante). No primeiro dia do seu mandato, o cara congela as poupanças. O final, todo mundo sabe.
O que quero deixar bem claro é que não existe uma "educação política" para os brasileiros. Brasil não é Estados Unidos, que, desde sempre, tem uma democracia. Brasil enfrentou anos e anos de ditadura. Só temos eleições diretas há 20 anos. Isso é muito pouco para uma população de país continental aprender a votar.
Segundo ponto: Não temos uma tradição política forte. A esquerda de ontem é a política da situação de hoje. A direita de ontem é a oposição de hoje. Esquerda e direita se confundem em coalizões que, ao menos para mim, não têm explicação. Não temos uma divergência nítida, como entre Republicanos e Democratas americanos. Aqui é "todo mundo junto e misturado". É um tal de abrir mão de ideologias próprias para benefício próprio, para aumentar as chances de, enfim, entrar para o Governo... Assim é nossa democracia. É ela que nos faz eleger o "menos pior".
Terceiro ponto (e agora eu me meto na situação política atual, sob pena de linchamento): Eu acredito que estamos vivendo um golpe de Estado velado. Tá bom, vocês podem achar exagero. Eu não me importo. Mas coloco minhas razões (e na verdade, não ligo para discordâncias, a porcaria da teoria é minha).
Existe uma coisa fundamental para a democracia: A existência de uma oposição forte. Uma vez que os maiores partidos tornam-se os partidos da situação, a oposição enfraquece. Sem oposição, ficamos sem reformas políticas, afinal, a pressão sempre vem de fora, nunca de dentro.
Um governo que se coloca no poder por 12 anos acaba enfraquecendo a oposição e fazendo aliados inimagináveis. As reformas que acontecem acabam acontecendo de um jeito conveniente ao Governo e não à população.
Aí você vem e me diz: "Besteira sua, você está partindo da premissa de que a população é suficientemente cega para não enxergar essa manobra". Só digo uma coisa: Quando rolou o AI-5, em 1968, aqueeeele que cassou todos (T-O-D-O-S) os direitos políticos dos cidadãos, foi feita uma pesquisa pelo Dieese com a camada operária (tradicionalmente, a camada que incitava a revolução) e 35% dos operários achavam que a ditadura, naqueles moldes, plena e absoluta, em que ninguém mais tinha direitos políticos, era a chava para o desenvolvimento. Por isso que a "nossa" revolução foi mais estudantil do que operária: Por conta de um "milare econômico" que beneficiava uma só classe, até a classe operária via que o Brasil crscia economicamente. E repaldava esse crescimento na ditadura (e Delfim Neto). Absurdo dos absurdos.
Não podemos deixar, jamais, que a oposição enfraqueça e que todos os benefícios à população sejam criados nos moldes que sejam mais convenientes àqueles que estão no poder. Não podemos deixar de lembrar que o pior cego é aquele que não quer enxergar. Ou que só enxerga aquilo que está a um palmo de seus olhos, não fazendo uma análise crítica do que está ao redor.
Recado dado. E se você leu até aqui, concordando ou não, obrigada: Eu precisava de atenção.
=)
domingo, novembro 07, 2010
Com o tempo a gente aprende que - Parte I
1) Não devemos guardar rancor, mas também não devemos esquecer daquela pessoa que, quando poderia ter te ajudado, não o fez.
2) Não podemos perder aquilo que nunca tivemos, mas isso não significa que não sintamos saudade.
3) Os críticos vão atacar nossos defeitos, os amigos vão elogiar nossas qualidades, mas só um grande amigo vai saber trabalhar nossas maiores qualidades e ajudar a mudar nossos maiores defeitos.
4) Inevitavelmente, quando temos a possibilidade de escolher entre 2 opções, alguém vai sair machucado. É o caos necessário.
5) Existem erros que (infelizmente) temos o prazer de repetir.
6) Para alguns, falar é fácil, agir é possivel, mas difícil mesmo é assumir as suas atitudes.
7) Ter uma mente pensante e ser diferente dos padrões pré-estabelecidos é ser rotulado como maluco, irresponsável e outros adjetivos nada agradáveis.
8) Aqueles que mais discursam sobre "liberdade de ser" são aqueles que menos têm uma identidade própria a assumir.
9) Bunda não faz falta hoje, mas cérebro fará falta amanhã.
10) Insistir demais em uma verdade faz com que a mesma pareça mentira.
Fica a dica.
=)
2) Não podemos perder aquilo que nunca tivemos, mas isso não significa que não sintamos saudade.
3) Os críticos vão atacar nossos defeitos, os amigos vão elogiar nossas qualidades, mas só um grande amigo vai saber trabalhar nossas maiores qualidades e ajudar a mudar nossos maiores defeitos.
4) Inevitavelmente, quando temos a possibilidade de escolher entre 2 opções, alguém vai sair machucado. É o caos necessário.
5) Existem erros que (infelizmente) temos o prazer de repetir.
6) Para alguns, falar é fácil, agir é possivel, mas difícil mesmo é assumir as suas atitudes.
7) Ter uma mente pensante e ser diferente dos padrões pré-estabelecidos é ser rotulado como maluco, irresponsável e outros adjetivos nada agradáveis.
8) Aqueles que mais discursam sobre "liberdade de ser" são aqueles que menos têm uma identidade própria a assumir.
9) Bunda não faz falta hoje, mas cérebro fará falta amanhã.
10) Insistir demais em uma verdade faz com que a mesma pareça mentira.
Fica a dica.
=)
Campeonato Brasileiro 2010
Não que meu time esteja bem na coisa. Na verdade, está pior do que eu poderia imaginar. Mas uma coisa é certa e eu preciso deixar registrado aqui: Fluminense só é líder porque um dia já existiu a Copa João Havelange.
A defesa encerra, Meritíssimo.
=*
A defesa encerra, Meritíssimo.
=*
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