O que me faz ver filmes românticos na atual conjuntura da situação?
Só pode ser sinal de mega-hiper-ultra tendência de auto-flagelação.
Fim de papo.
segunda-feira, junho 28, 2010
domingo, junho 20, 2010
Carta nº 3
Querida amiga,
Resolvi novamente escrever para responder suas indagações. Ou (ao menos) tentar responder. Você não acha que a gente seria muito mais feliz se indagássemos menos? Eu acho que sim. Mas acontece que somos movidas à razões. Acho que, por mais que tentássemos, acharíamos impossível viver no Zeca Pagodinho way of life do "deixa a vida me levar". A gente não deixa. A gente quer saber pra onde a vida vai levar, como a vida vai nos levar e -principalmente- porquê.
E que você está entre o certo, o incerto e o não-certo. Só que, ao invés de usar toda a inteligÊncia emocional (que você gostaria de ter), você chega à fatíica conclusão de que o certo é o que menos te agrada. O certo é coerente demais. O certo veio fácil demais. O certo quer que agradar demais. O certo é insuportavelmente certo demais.
Aí você olha para o incerto, que só é incerto porque você ainda acreditar que, quem sabe, ele possa vir a ser certo. Ai, amiga, desiste: O incerto não será certo. O incerto está fadado a ser um ponto de interrogação na sua vida. Um eterno je ne sais quoi. O incerto é surpreendente, justamente por ser incerto: Ele aparece quando você menos espera e some exatamente quando você espera que fique. O incerto é como aquele dinheiro extra na conta bancária: Quando está lá, muito bem, tudo ótimo, tudo lindo. Mas vai ficar sem para ver se você não fica toda enrolada, toda confusa. Pois é. Às vezes é melhor ficar sem um rendimento extra do que se acomodar com uma situação que não tem futuro.
Mas pior mesmo é o não-certo. O não-certo (também conhecido como "errado" ou "passa longe"). Esse é simplesmente aquele que você sabe que não deve sequer virar estatística, mas que a gente insiste pelo simples fato de, quem sabe, conseguir fazer do não-certo de hoje o incerto de amanhã e o certo do mês que vem. O não-certo é o cigarro que você fuma escondida aos 15 anos, sabe que está fazendo besteira, mas continua e -tchanan!- de repente se vê viciada. Largar o não-certo é um trabalho psicológico árduo, minha amiga.
Viu como tudo seria mais fácil se deixássemos as coisas fluírem naturalmente? Mas não, minha amiga: Já temos uma expectativa de rotular as coisas como certa, incerta ou não-certa. E, uma vez rotulado, a coisa desanda.
Como fazer as coisas darem certo? Não sei, amiga. Não sei como fazer a coisa andar, ao invés de desandar. Eu não tenho muita experiência nesse lance de "fazer as coisas darem certo". Não a longo prazo. Mas, amiga, de uma coisa eu sei: Só você pode saber, exatamente, o que te faz bem e o que não faz, o que te acrescenta e o que te diminui. Quem sabe, amiga, da próxima vez, você nao precise rotular: Simplesmente viver.
Esperarei novas (e positivas) cartas.
Christiane.
Resolvi novamente escrever para responder suas indagações. Ou (ao menos) tentar responder. Você não acha que a gente seria muito mais feliz se indagássemos menos? Eu acho que sim. Mas acontece que somos movidas à razões. Acho que, por mais que tentássemos, acharíamos impossível viver no Zeca Pagodinho way of life do "deixa a vida me levar". A gente não deixa. A gente quer saber pra onde a vida vai levar, como a vida vai nos levar e -principalmente- porquê.
E que você está entre o certo, o incerto e o não-certo. Só que, ao invés de usar toda a inteligÊncia emocional (que você gostaria de ter), você chega à fatíica conclusão de que o certo é o que menos te agrada. O certo é coerente demais. O certo veio fácil demais. O certo quer que agradar demais. O certo é insuportavelmente certo demais.
Aí você olha para o incerto, que só é incerto porque você ainda acreditar que, quem sabe, ele possa vir a ser certo. Ai, amiga, desiste: O incerto não será certo. O incerto está fadado a ser um ponto de interrogação na sua vida. Um eterno je ne sais quoi. O incerto é surpreendente, justamente por ser incerto: Ele aparece quando você menos espera e some exatamente quando você espera que fique. O incerto é como aquele dinheiro extra na conta bancária: Quando está lá, muito bem, tudo ótimo, tudo lindo. Mas vai ficar sem para ver se você não fica toda enrolada, toda confusa. Pois é. Às vezes é melhor ficar sem um rendimento extra do que se acomodar com uma situação que não tem futuro.
Mas pior mesmo é o não-certo. O não-certo (também conhecido como "errado" ou "passa longe"). Esse é simplesmente aquele que você sabe que não deve sequer virar estatística, mas que a gente insiste pelo simples fato de, quem sabe, conseguir fazer do não-certo de hoje o incerto de amanhã e o certo do mês que vem. O não-certo é o cigarro que você fuma escondida aos 15 anos, sabe que está fazendo besteira, mas continua e -tchanan!- de repente se vê viciada. Largar o não-certo é um trabalho psicológico árduo, minha amiga.
Viu como tudo seria mais fácil se deixássemos as coisas fluírem naturalmente? Mas não, minha amiga: Já temos uma expectativa de rotular as coisas como certa, incerta ou não-certa. E, uma vez rotulado, a coisa desanda.
Como fazer as coisas darem certo? Não sei, amiga. Não sei como fazer a coisa andar, ao invés de desandar. Eu não tenho muita experiência nesse lance de "fazer as coisas darem certo". Não a longo prazo. Mas, amiga, de uma coisa eu sei: Só você pode saber, exatamente, o que te faz bem e o que não faz, o que te acrescenta e o que te diminui. Quem sabe, amiga, da próxima vez, você nao precise rotular: Simplesmente viver.
Esperarei novas (e positivas) cartas.
Christiane.
segunda-feira, junho 14, 2010
Vuvuzela what?
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